
MÉDICO CRM 6707/RO
Psicanalista com ênfase em psicanálise psicossomática e clínica do trauma
Esp. em dependência química (pós-graduado)
UMA BREVE HISTÓRIA

No início do meu percurso psicanalítico, onde o em medicina já havia se iniciado, eu me questionava acerca do que seria a psicanálise. Procurei por respostas certamente e a princípio em Freud, mas ainda não conseguia responder a alguém que me perguntasse o que vinha a ser essa ciência, embora para mim aquela resposta havia começado a se desenrolar, principalmente em meus sonhos.
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No dicionário encontramos que nosso objeto de fala é uma "teoria do inconsciente", criada por Sigmund Freud (1856-1939), um neurologista austríaco que brilhantemente percebeu que havia algo além do dito nos conteúdos que seus pacientes traziam em suas falas, uma teoria construída e revisada ao longo de toda a sua vida e obra, de onde se seguiram tantos outros nomes e escolas, como Melanie Klein, Jacques Lacan, Donald W. Winnicott e Sándor Ferenczi, trazendo ainda mais sensibilidade aos escritos.
Associado a minha própria vivência no divã como analisando e as ilustrações da vida real ouvidas de outros colegas psicanalistas nas supervisões semanais, os estudos em busca de conhecer os termos que atuam nesse campo, como "Complexo de Édipo", "Inconsciente" e "Associação Livre", entre tantos outros que se atualizam junto ao tempo, me impulsionaram para mais próximo da resposta a minha indagação inicial, que seguia em sua batida incessante na porta das minhas mais profundas percepções.
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Mas foi quando me autorizei e comecei a atuar nas demandas de afeto que chegaram até mim, que as batidas e a porta desapareceram, dando lugar a um imenso e interminável mar em fluxo contínuo, reflexos da alma do mundo e de mim mesmo. Se hoje alguém me perguntasse o que significa a psicanálise, eu responderia:
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- A psicanálise é a arte de sonhar a dois.
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Charles A.